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One Piece RPG

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[Role Play] Aventura: Em busca de Liberdade, lançando-se ao mar! - Part 1

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Tiger D. Wax

Tiger D. Wax
Civil
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O dia finalmente raiava. O sol era filtrado pelas baixas árvores no extremo oeste do vilarejo de Gosa. Wax já estava de pé, apagando as brasas de sua pequena fogueira noturna.

Finalmente se sentia pronto para deixar aquele acampamento onde vivera nos últimos três anos. O mundo que ele costumava conhecer já não existia mais, depois de viver por tanto tempo da caça e das instruções do velho Bukan. Era tempo de descer do pequeno planalto de volta a sua vila natal.

Sem levar nada além das roupas do corpo, o garoto calmamente deixou pra trás a mata, descendo a trilha de volta ao vilarejo, aguardando o que o mundo tinha a lhe mostrar...

====

Objetivos
- Chegar ao vilarejo de Cocoyashi
- Buscar lá algum barco que possa ser roubado.
- Saquear o que for possível no caminho entre Goda e Cocoyashi, antes de roubar um transporte na direção do oceano.

Status - Tiger D. Wax
HP: 225
Stamina: 200

Silvers Rayleigh

Silvers Rayleigh
Game Master (GM)
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Narrador;

Conforme o jovem saia da mata que ele podia chamar de lar nos últimos três anos, abrigo do qual utilizou após uma grande catástrofe, podia sentir os raios solares queimando levemente a sua pele, pois aquele dia o calor estava escandaloso. Conforme avançava, a quantidade de árvores iam se reduzindo, até se tornarem nulas. Na sua frente, apenas um vasto caminho, no qual nem mesmo olhando ao horizonte podia se visualizar algo nítido do cenário que estava por fim.

Mas para alegria de Tiger, podia se visualizar algo que não fazia parte do cenário: puxado por um burro de carga, uma pequena carroça. Alguém estava sentado nela, usando alguns fenos como um belo encosto, e ao seu lado, uma pequena sacola. O alguém aparentava ser um homem e usava um grande chapéu de palha, se prevenindo dos raios solares diretamente ao seu rosto. Se fosse julgá-lo pelo chapéu, era um homem bem velho.

De longe aquilo seria uma ameaça, mas sim uma grande oportunidade. O alguém estava desacompanhado e carregava algo, que Tiger não poderia definir apenas utilizando de sua visão, mas que poderia ser algo de grande utilidade para uma viagem. Conforme a carroça de aproximava, até mesmo um litro de água pôde ser visto na mão do alguém, que seria ótimo para não desidratar o jovem naquele calor.

Tiger D. Wax

Tiger D. Wax
Civil
Civil


O caminho fora calmo até então. Não que algo de diferente pudesse ser esperado depois de tanto tempo vagueando as margens da mata ciliar da ilha. Em poucos minutos, a cobertura das árvores já não mais toldava seu mundo em verde, oferecendo-lhe invés disso uma ensolarada manhã.

Talvez ensolarada demais. Os longos anos vivendo em meio a árvores haviam desacostumado Wax da verdadeira claridade do sol. Aquela luz amarela e pungente não era tão agradável e cálida como o costumeiro filtrado verde. Mas sim escaldante e agressiva aos olhos.

Provavelmente por isso que o caminho até o vilarejo parecia subitamente tão maior do que era originalmente. O calor irradiado do sol fazia cada passo parecer muito mais cansativo do que deveria ser. Também, o longo tempo sem trilhar aquele rumo poderia ter feito o rapaz perder a noção de qual era a real distância. Gosa era uma vila muito pequena, a final de contas.

"Bem, não é hora de me preocupar com o calor. Se um simples sol de verão for capaz de derrubar minhas forças, o que será de mim na Grand Line? Em frente, Wax. Em frente. O velhote estaria rindo de você agora."

Ele seguiu. Adiante, após mais alguns minutos, Tiger via recortado contra o horizonte um carroceiro. Finalmente um sinal de sua vila. A charrete parecia estar munida de um grande saco, possivelmente contendo bens agrícolas para comércio, se fosse julgar pelo grande talo de feno que o homem usava por banco.

Deveria ser um senhor no final da meia idade, talvez beirando a velhice. Portava uma garrafa de água que parecia extremamente convidativa para aplacar aquele calor quase vulcânico.

- Bom dia, senhor - começava o garoto com o rosto suado. A camiseta também já mostrava sinais do castigo que sofria do sol. - estou indo ao vilarejo de Gosa; faço parte de um grupo de pesqueiros, nosso escaler acabou atracando do lado errado da ilha, então pediram pra que eu fosse até lá e lhes trouxesse água e as demais provisões para retomarmos a viagem.. - o rapaz para para fingir que está tomando fôlego devido ao calor. Não que em partes não fosse verdade, mas seu longo treinamento havia lhe proporcionado uma resistência um pouco melhor do que aquilo que ele agora demonstrava, propositalmente, ter - ...  Mas não contávamos com esse calor. O senhor poderia aliviar a sede deste pobre jovem? E para onde o senhor está indo? Para o vilarejo também? Será que poderia me transportar em sua charrete?

Wax colocava suas últimas palavras como um pedido de um marinheiro desesperado. Não que fosse ser um problema para ele andar até a pequena vila, mas ser transportado lhe pouparia muito mais esforço e tempo; aquilo também lhe daria uma chance de tentar descobrir o que o velho carregava no enorme saco...

"Eu deveria simplesmente nocauteá-lo enquanto ninguém está olhando e tomar para mim todos estes bens...."

Wax sacode a cabeça para afastar o pensamento. Aquilo não seria certo. Esmurrou a própria coxa.

"O velhote estaria decepcionado com você, Tiger-ya. O que ele lhe ensinou sobre artes marciais? O que aqueles malditos mafiosos lhe ensinaram sobre a covardia? Você deveria ter vergonha de si mesmo por se quer cogitar essa hipótese..."


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Status - Tiger D. Wax
HP: 225
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Silvers Rayleigh

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Game Master (GM)
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Narrador;


Como andavam em direções opostas, não demorou muito para que ocorresse um encontro entre os dois. Quando finalmente próximos, aquele alguém erguia o chapéu que escondia sua face para visualizar o jovem Tiger, algo que provavelmente acabou surpreendendo o rapaz: de longe que aquilo era um senhor de meia idade, mas sim um homem que não tinha nem mesmo o dobro da idade de Tiger.

Um detalhe que não podia ser notado de longe, ainda mas com um chapéu tampando a visão do rapaz, mas o homem tinha cabelos ruivos, cortados num estilo social. Era demasiado musculoso, um típico maromba. Seus traços não eram nada delicados, e só o observando passava a impressão de que era um homem trabalhador, que vivia horas e horas num trabalho forçado: sua mão, cheia de calos. E com aquela mesma mão, a mão que estava livre, puxou a sacola para mais próxima de seu corpo de uma maneira disfarçada, como um instinto de proteger seus bens.

- Hoho, não me chame de senhor ou eu fico me achando velho demais, rapazinho. - algo peculiar em si era sua risada, que não combinava nem um pouco com sua aparência e deixava aquilo algo muito estranho de se ouvir, ainda mais quando se incluía a sua fina voz ao meio de tudo - É uma pena que tenham se confundidos. Ao menos seus amigos podem aproveitar o tempo por lá e pescar enquanto não chega, me alimento dos peixes de lá e são ótimos! - de certa forma zombava da situação, mas estava sentindo pena do rapaz com nome ainda desconhecido para ele, já que ambos trataram de pular apresentações. O olhou, olhou, e então arremessou aquela garrafa de água de um litro com seu conteúdo já pela metade, mas que seria suficiente para saciar a sede do rapaz - É tudo que tenho para lhe oferecer. E por mais que eu quisesse lhe levar para Gosa, preciso ir logo para Cocoyashi, estou com pressa. Fique com a água. Tem mas algo que possa fazer para ajudar?

Ambas mãos voltavam para as rédeas do burro que puxava a carroça, e estava preparado para movimentá-las de forma a entender, para o burro, de que esteva na hora de avançarem novamente. O que Tiger tivesse pra fazer, teria que ser agora, ou simplesmente voltaria a caminhar debaixo daquele terrível sol. Felizmente, já não tinha muito o que caminhar mesmo.

Tiger D. Wax

Tiger D. Wax
Civil
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Wax logo se deu conta que havia julgado muito errado a idade do homem. Logo que a sombra do chapéu deixou de esconder a fisionomia daquele carroceiro, o garoto pareceu finalmente perceber que o sujeito estava longe de ser um senhor de idade. Pelo contrário. A firme fisionomia, de fortes malares e rosto corado de sol, não poderiam trair mais do que trinta e cinco anos.

Aquilo que ao longe o rapaz confundira com costas curvadas, eram na verdade protuberantes músculos de um homem habituado aos trabalhos braçais no campo. A apreensão começou a deixar o rapaz. Então aquele era mais um dos moradores da zona rural de Gosa... Um homem capaz. Um homem de sua vila...

- Então você está indo para Cocoyashi... Imagino que as safras tenham sido positivas hoje.... um sorriso se desenhava nos lábios do rapaz enquanto pensava naquilo. O que o velhote diria sobre aquilo, hein? Ele era um ex-pirata, a final de contas... - Obrigado pela água. O dia realmente está quente.

O sorriso se tornou um pouco mais selvagem. Todas as lembranças da grande batalha de "libertação" da vila voltaram a cabeça de Tiger. A forma como seus pais foram forçados a lutar pelos contrabandistas. A forma como os marinheiros os atacaram mesmo assim. A vibração dos moradores com a morte dos bandidos. Com a morte de seus pais. De seu irmão. Dos primos. Pobres marionetes forçadas a servir foras-da-lei apenas por conta de sua habilidade em mecânica.

"Não era um homem velho e indefeso, no final das contas, velhote... Onde quer que esteja, espero que veja o resultado de seus ensinamentos."

Ele então sorveu os últimos goles daquele litro de água. Deveria estar a menos de um metro e meio de sua vítima. O corpulento homem tinha voltado ambas as mãos de volta as rédeas do jumento. E já se preparava para sair.

"(...)Tem mais algo que possa fazer para ajudar?"

- É claro. - Esta última colocação saiu com uma voz de fundo da garganta. Rouca. Firme. Fria. Carregada de um desejo de revanche surreal. Assustador. Simultaneamente a sua fala, a mão deixava a garrafa cair na direção do chão, enquanto o rapaz firmavam o pé esquerdo no estrado da carroça.

Movendo-se desde o início com toda a agilidade que Bukan forçara seu corpo a adquirir nos anos de sobrevivência na mata. Enquanto o pé esquerdo pisava sobre a charrete - poucos centímetros ao lado de onde o homem ruivo estava sentado - Wax fazia um meio giro do torso, da direita para esquerda, trazendo o braço direito a máxima velocidade na direção da face do homem, de forma a tentar atingi-lo com uma fortíssima cotovelada no nariz, visando jogar a cabeça do adversário violentamente para trás. Faria o movimento de forma a passar por cima das mãos do homem que se encontravam segurando as rédeas.

Considerando a imensa proximidade, e o ataque súbito e sem aviso, era improvável que o adversário tivesse tempo de bloquear usando as mãos, e pelo tipo de golpe, seria pouco provável uma esquiva, tampouco. Aproveitando o mesmo movimento de giro, o rapaz aproveitaria o impulso para trazer também a perna direita sobre a charrete.

Neste movimento, imprimia também toda a sua velocidade, mirando o joelho contra a parte interna da coxa direita do adversário. Sentado, do jeito que estava, e talvez até atordoado pela cotovelada, ou desequilibrado pela tentativa de defesa, provavelmente estaria com a parte baixa da guarda aberta.

Completando o movimento da joelhada, manteria o peso do corpo sobre este joelho, pressionando a coxa do adversário contra a charrete - em caso de ter sido bem sucedido no golpe. Caso houvesse falhado, apoiaria na própria charrete. Desta posição, já com o peso do corpo todo no joelho direito, giraria o corpo da esquerda para a direita, trazendo punho esquerdo num poderoso soco cruzado, que teria por destino a têmpora do adversário, levemente angulado para baixo. Pretendia assim, fazer com que a cabeça do adversário girasse completamente ao contrário do que teria acontecido no golpe da cotovelada (caso bem sucedido).

Enquanto no primeiro, a cabeça giraria da direita para a esquerda, e de baixo para cima, neste giraria da esquerda para direita, de cima para baixo. Sendo dois golpes incrivelmente potentes, dentro de um espaço muito curto de tempo, caso fossem bem sucedidos, gerariam uma diferença de tração muito forte no pescoço do homem ruivo. Não importa o quão forte ele fosse, alguma lesão deveria ser causada em sua cervical, e Tiger esperava que isso fosse o bastante para, ao menos, desacordar o adversário.

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Observações:

Status - Tiger D. Wax
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Velocidade: 32m/s

Silvers Rayleigh

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Tiger provavelmente teria sido colocado como vencedor daquele duelo antes mesmo de seu oponente se dar conta de que havia entrado num combate, se não fosse por um único porém: sua última fala havia deixado a entender sua intenção, sendo o suficiente para que o homem ficasse esperto naquela situação. Não só isso, mas mesmo não demonstrando, estava desconfiado desde que aquele rapaz parou-o em seu meio trajeto, porque ali era uma área muito bem explorada para pessoas mal intencionadas que buscavam o roubo de quem transportava mercadoria de Gosa para Cocoyashi, exatamente como ele fazia toda santa manhã. Digamos que sua experiência era o suficiente para ao menos ser uma pedra na estrada do jovem.

Já preparado, pôde se defender da cotovelada que Tiger tentava se desferir quando ela estava a passar por cima das suas mãos, que antes estavam nas rédeas: era como se ele estivesse esperando por aquilo, porque simplesmente posicionou suas mãos com as palmas abertas no trajeto do braço do jovem até sua face, não só impossibilitando seu avanço como o pressionando com uma tremenda força, demonstrando que todos aqueles seus músculos não eram apenas enfeites. Só não pôde causar um grande prejuízo porque tinha que se preocupar consigo mesmo.

Mesmo que com Tiger anunciando seu avanço, sua atenção foi focada totalmente ao segundo ataque, permitindo que a parte interna de sua coxa direita fosse violentamente atingida. Se ele estivesse de pé e tivesse sido atingido por um golpe desses, cairia ao chão facilmente com o desequilíbrio que aquilo causaria. Mas por sorte estava sentado, e ainda pôde se manter firme no combate, embora com um pequeno prejuízo.

Ao último golpe do jovem, o homem aproveitou o fato de ainda ter em sua posse o braço de seu oponente para travá-lo, não permitindo que ele rodasse e até mesmo causando certo desequilíbrio, já que estava apoiado por um único joelho, nem mesmo pressionando com força para ferir seu oponente. O bastante para que ele fizesse uma expressão de desgosto e soltasse um ai, no entanto.

Vendo que algo precisava ser feito, tentou puxar o jovem pelo braço para si, apenas com sua mão esquerda, enquanto a outra iria numa direção contrária, na intenção de que ele fosse violentamente atingido no rosto. Por mas que a vantagem era clara para o aspirante á pirata, um soco daqueles seria mais que o suficiente para que ele fosse ver estrelas. Seu oponente era claramente mais forte, embora menos experiente.

Aproveitando que agora era ele quem começava os ataques, o ruivo tentou girar seu corpo para que pudesse ficar frente-a-frente para Tiger, e não naquela posição desconfortável e desfavorável, ficando de lado. Caso com sucesso, sua perna esquerda - a que ainda estava boa - seria ligeiramente esticada à frente, na altura de onde estaria o estômago do jovem, numa tentativa de um pisão. Ao final de tudo, ainda se manteria sentado, já que ferido. Estava claro quem seria o vencedor, contando que ele não pisasse na bola numa situação dessas.

Tiger D. Wax

Tiger D. Wax
Civil
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Uma coisa Tiger precisava admitir, aquele fazendeiro tinha colhões. Com uma agilidade que seria impossível de se admitir para um homem daquele tamanho, ele foi capaz de interceptar a velocíssima cotovelada a ele dirigida. Os braços daquele brutamontes escondiam uma força difícil de ser acreditada. A pressão forçou ao rapaz um leve esgar de dor.

Mas infelizmente para o ruivo, suas habilidades marciais não condiziam com sua força. O violento golpe com o joelho o fez tremer. Possivelmente o músculo entrou em espasmo ou cãibra. Aquela perna estaria inutilizada pelos próximos momentos. Tempo suficiente para se decidir a rusga, mesmo que ela não estivesse indo tão bem quanto o planejado.

Longe disso. Enquanto Wax girava seu corpo para atingir a face do oponente, seu braço direito preso prejudicou muito o equilíbrio. O soco saiu sem força, torto, pois o garoto foi obrigado a focar seus esforços em manter seu joelho direito em posição e calçar a perna esquerda na charrete - de volta na posição antes do giro interrompido.

Era a vez de seu adversário agir. Aproveitando a prisão do braço direito de Tiger, o fazendeiro o liberou com uma das mãos. Péssima ideia. Tão logo o garoto sentiu um alívio na pressão em seu braço, o corpo respondeu quase que sozinho. Ele estava acostumado a enfrentar oponentes mais fortes. Embora tivesse sido forçado a largar da pirataria, Bukan, seu mestre, era um homem de força assustadora.

Aquilo permitiu que o garoto ficasse tranquilo. Aproveitando que estava preso por apenas uma das mãos de seu oponente, prontamente girou o braço para fora, num movimento de fuso, forçando o punho para baixo e para frente - na direção em que o adversário começava a tracioná-lo, usando sua força a seu favor - porém girando o antebraço de forma que seu punho ficasse por baixo do braço do adversário.

Faria esse movimento ao mesmo tempo em que seguiria projetando a maior parte de seu peso na perna direita e jogando as costas para trás, usando a força dos músculos dorsais para não ser transladado na direção do punho que já estava armado contra sua face. Tudo sendo feito com seu máximo de velocidade, como os anos de treinamento haviam lhe assegurado. Com o giro do braço na direção especificada, utilizando sua fora juntamente com a força do oponente, a maior parte da tração estaria contra os dedos de seu captor, que provavelmente se forçariam a abrir.

Ademais, o ângulo em que o braço do fazendeiro ficaria com esta movimentação, cortaria a maior parte da força sendo imprimida, enquanto que Tiger estaria multiplicando em muitas vezes sua própria, pois durante o giro, posicionaria o punho sob o antebraço do ruivo, forçando-o então para cima, para que a mão fosse obrigada a largar-lhe o próprio antebraço.

Neste mesmo curto espaço de tempo, inclinaria a cabeça rapidamente para a direita, no intuito de fazer com que o soco de seu oponente passasse no vazio.

Seria uma cena bastante feia de se ver. Um garoto alto e esguio, contra um brutamonte das fazendas, que agora tentava girar o torço para sair da complicada situação que o jovem delinquente o havia forçado.

"Ho-ho. Incrível, Ojii-san, você realmente é um monstro. Mas um muito descuidado, devo dizer. Sua força realmente seria melhor usada nos arados. Não vai ser capaz de se livrar de mim deste jeito."

Percebendo este movimento, Wax simplesmente aumentou ainda mais a pressão sobre a perna ferida. Utilizando todo o peso de seu corpo, e a força no joelho que feria a perna do adversário, ele pretendia forçar o seu oponente a permanecer estático em sua posição. Manteve a perna esquerda firme sobre o estrado da carroça, de forma a impelir ainda mais peso sobre o joelho direito.

Aproveitando também este giro que o homem tentava, Tiger procuraria explorar a abertura causada em sua guarda. Tendo a mão esquerda ainda livre, visaria plantar um forte soco cruzado, de cima para baixo, no queixo do adversário. Considerando que este recém havia socado com sua mão direita, estaria desprotegido naquela região, e como tentava girar em direção ao garoto, aquilo intensificaria ainda mais a força do golpe.

Além disso, caso tivesse de fato conseguido liberar sua mão direita, a utilizaria para, a partir da posição em que já estava, aplicar um forte soco lateral, também de cima para baixo - visto que o movimento de libertação a teria forçado levemente para cima e para o lado - contra a linha de cintura do oponente, tentando fraturar-lhe a costela flutuante.

Enquanto fizesse isso, tentaria girar ligeiramente em sua posição. Mantendo o joelho ainda firme sobre a perna atingida do adversário, tentaria trazer a canela e o pé para entre as pernas do fazendeiro, de forma a ficar "montado" entre as pernas de seu inimigo, tendo o joelho ainda firmemente posicionado na posição onde havia primeiramente atingido. Assim, a sola de seu pé direito travaria qualquer movimento da outra perna do inimigo. Para poder bem ajustar essa posição, jogaria todo o peso do corpo sobre a mesma perna direita, podendo mover a esquerda de forma que pudesse se ajustar em uma postura firme e forte.

Faria tudo acima citado buscando extrair de seu corpo toda a força e velocidade que fosse capaz de achar. Deixando que a adrenalina lhe preenchesse desde o primeiro instante daquela luta que se tornara inesperadamente desafiadora.

Com o peso de todos esses golpes, e a dor intensificada na perna esquerda do inimigo pela constante pressão, o garoto esperava ser capaz de vencer a luta...

"E pensar que um simples fazendeiro poderia dar tanto trabalho... Quantas outras pessoas fortes devem existir neste mundo? Maldição. Terei de superar todas ou o velho vai ficar zangado, esteja ele onde for..."
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Considerações:

Status - Tiger D. Wax
HP: 225
Stamina: 180/200
Velocidade: 32m/s

Silvers Rayleigh

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Como prejuízo de sua extrema força, o ruivo era um homem lerdo demais para poder contestar as ações de seu oponente. O seu soco passava no vazio, mas de maneira perigosa, uma vez que os cabelos de Tiger se movimentaram para trás, devido a tamanha proximidade daquele punho para sua cabeça, e a tremenda força envolvida naquele golpe. Como se o golpe falgo não bastasse, perdia sua única vantagem naquele combate, que era o fato de ter o braço de seu inimigo imobilizado - algo que acabou por evitando seu nocaute, já que se não fosse por isso, Tiger acertaria um chute poderoso.

Durante o giro do brutamontes para se ajustar na carroça onde estava sentado, Tiger aproveitou-se para pressioná-lo ainda mais. Conforme insistia em continuar o giro, mais dor sofria, soltando alguns gemidos. Não conseguiu lutar para prosseguir, parando no meio do trajeto, com sua posição ficando ainda pior sentado naquela carroça e com uma dor tremenda. Tudo isso também colaborou para que o ruivo fosse atingido.

Um cruzado de cima para baixo, focando o seu queixo, lhe atingiu violentamente. Fora lançado para trás, caindo sobre o feno que antes usava como encosto, mas agora servia para amortecer o impacto. Sua resistência era absurda para ser nocauteado por um golpe daqueles, por mas que fosse numa área fácil de deixar o alvo atordoado, mas já não tinha vontade de dar continuação aquele combate. Talvez, mesmo que involuntariamente, o homem tenha aproveitado o golpe para se jogar para trás, e não devido realmente ao golpe.

- Você pode pegar o que você quiser. - dizia o homem, sorrindo. Ao canto de sua boca, sangue em pequena quantidade escorria aos poucos. - Trabalho arduamente para garantir o meu pão, e o de minha família. Não é o primeiro que eu tropeço no caminho, mas o primeiro que não pude derrotar. O tempo está acabando comigo de forma rápida.

Atrás daquele sorriso, a alma de um homem triste. De quem passou a vida toda trabalhando para sustentar sua família para que num certo momento, um pivete chegasse e atrapalhasse sua rotina de trabalho, roubando o que lhe garantiria seu dinheiro. Ex-carpinteiro, passou a seguir sua vida como pescador depois que sua esposa havia falecido, e precisava cuidar de seus dois filhos. Na sacola, alguns peixes crus que seriam vendidos na cidade de Cocoyashi. Tiger teria que dar um jeito neles logo, visto que não estavam conservados.

Qual seria a sua ação diante aquele homem? Tinha ali uma carroça, uma sacola com vários peixes e um homem desnorteado. Um bom transporte para que pudesse chegar rápido em Gosa e depois partir para Cocoyashi, algum alimento e alguém que aparentava ser inútil para mais alguma coisa.

Tiger D. Wax

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Civil
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- Tsc, imagino que exagerei. - começou o garoto em resposta a reação daquele desafortunado homem. Seu braço direito ainda doía um pouco do local onde fora pressionado pelo homem. - Volte a Gosa e diga que a família Tiger ainda vive. Infelizmente estou com um pouco de pressa, terei de ficar com esta charrete e com o animal.

Falava com voz calma. A pesar da breve luta, o rapaz mantinha a respiração firme. Esperou que seu adversário rendido deixasse a carroça, para que ele pudesse subir e então forçar o burro na direção de seu antigo vilarejo. Era uma verdadeira sorte ter obtido aquele tosco veículo. Uma vez que chegasse a sua antiga terra natal, poderia usá-la para carregar com barris de água potável e um pouco de comida condimentada para a viagem. Talvez um bom barril de sal grosso para conservar os peixes fosse uma boa ideia também.

"Desculpe... Sei que deves ter uma família também... Mas Gosa não pensou nisso no dia em que comemoram a morte de meus pais."

O rancor do rapaz por aquele vilarejo, no entanto, não transpareceu em sua voz. Seu rosto permanecia com uma expressão fixa. Tão logo o homem deixasse para trás seus bens, ele se dirigiria o mais rápido possível para o vilarejo.

Uma vez que chegasse em Gosa, tendo conhecimento da geografia do povoado, procuraria por lojas onde pudesse comprar barris de água potável, sal grosso e comida não perecível. Apenas aquilo que pudesse carregar com relativa facilidade na charrete. Deixaria também os blocos de feno para trás, junto com seu dono. Se possível, deixaria o vilarejo antes que o fazendeiro pudesse fazer o mesmo. Já era mais do que hora de ele se dirigir para Cocoyashi, e buscar o que realmente lhe importava: uma chave para sua liberdade. Lançar-se ao mar.

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Stamina: 180/200
Velocidade: 32m/s

Silvers Rayleigh

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Seu pequeno trauma de infância serviu como desculpa para realizar aquele ato cruel contra aquele homem inocente, pai viúvo de dois filhos. Não tinha mais a mercadoria que garantiria o seu dinheiro, nem seu transporte que lhe era muito útil, mas que agora seria muito útil para o jovem Tiger. O ruivo, mesmo querendo lutar ao menos por sua carroça, desistia e ficava ali, estirado ao chão. Enquanto isso, o jovem simplesmente ordenava ao burro que desse meia volta e voltasse para o lugar de onde partiu e para onde Tiger ia, Gosa.

Chegando lá, observava a cidade bem movimentada, muito mais do que o garoto estava acostumado quando morava na região. O horário colaborava, e o comércio logo de manhã estava a todo vapor. Seu conhecimento geográfico dali de nada era útil, porque tudo parecia tão diferente. As lojas que antes existiam já não existiam mais, tendo seu lugar tomado por marcas mais conhecidas, migrantes de Cocoyashi. Mas não era difícil de procurar todas as lojas que ali buscava.

Ao final de sua compra, estava com um galão de água de vinte litros cheio, comida não perecível como arroz, feijão e macarrão [capaz de fazer até quinze refeições] e sal grosso que futuramente ele utilizaria para conversar os peixes que estavam em sua posse. Seiscentos berryes tiveram que ser desembolsados para que tudo pudesse ser comprado.

Depois que tudo estava adequadamente posto sobre a carroça, onde antes estava ocupado por feno, partiu para Cocoyashi numa viagem que não havia sido tão demorada, mas que foi preciso enfrentar um sol lascado [a viagem toda, tanto da selva para Gosa e de Gosa para Cocoyashi lhe custou quinze de stamina]. Estava próximo da hora do almoço quando pôde ver ao horizonte a entrada da cidade.

As estradas eram largas, e em seus limites com as propriedades, na divisa da terra que formava a estrada e da grama - na maior parte dos casos - que abrangia os terrenos alheios, montantes de mato que serviam como um belo enfeite. A cidade em sua entrada não tinha quase nenhum movimento, já que ele se encontrava apenas mais além, na área comercial. Aos poucos o comércio estava sendo fechado e as pessoas se dirigindo para suas casas para que pudessem almoçar, mas ainda demoraria um certo tempo para que o comércio todo estivesse fazendo uma pequena pausa.

Tiger poderia até ter água para saciar a sede que batia, mas não tinha nenhum lugar para preparar sua comida. Havia comida para ser preparada, alguns peixes crus, mas não tinha como fazer nada daquilo plena estrada. Já estando a algum tempo sem comer, isto era altamente recomendado, caso quisesse estar preparado para tudo.

Caso quisesse seguir diretamente ao porto, não se depararia com muita coisa, além de alguns pescadores e dois navios comerciais que despachavam a sua mercadoria por ali, embora aparentemente com uma alta segurança, mais do que o jovem pudesse dar conta. O comércio aos arredores do porto estavam lotados, mas nada que pudesse lhe chamar interesse, ainda mais já tendo peixe cru consigo, algo que era vendido em punhado ali.

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Tiger D. Wax

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Tudo correria bem com a viagem do jovem Tiger. Chegando a Gosa muito antes do fazendeiro anteriormente derrotado, o rapaz não teve dificuldade alguma em se locomover e encontrar os locais devidos para se abastecer de suprimentos. Embora a vila houvesse crescido muito nos anos em que ele estivera fora, e muitas coisas tivessem deixado de ser o que eram - como a antiga oficina da família, que hoje não passava de um armazém - ainda era uma vila suficientemente pequena e pacata para ser fácil de encontrar tudo.

Ninguém lá pareceu reconhecê-lo. Provavelmente imaginava que ele havia perecido no incidente de três anos atrás junto com seus semelhantes. Mas, estranhamente, aquilo não o abalou. De certa forma, era como se a surra que ele dera no fazendeiro tivesse violentado todas as más memórias que aquela vila lhe trazia. Após se abastecer, lançou-se sem demora a Cocoyashi.

A viagem também foi tranquila, e embora a sede lhe assaltasse por conta do sol escaldante, o rapaz achou melhor não extorquir seu pequeno estoque de água que pretendia levar a bordo do navio ainda por arrumar. Invés disso, pararia ao chegar na cidade em alguma estalagem para se recuperar da cansativa manhã. Comer algo, talvez?

E certamente não fora ele o único a pensar nisso. Já ao fim da manhã, quando ele e sua nova carroça chegaram a cidade, o comércio parecia pacato. As pessoas se recolhiam para almoçar. Sem demora, Wax incitou o burro na direção da estalagem da cidade - assim que a encontrasse - e lá pediria por uma porção de carne assada, uma de peixe assado e alguma fruta pra sua sobremesa. Estava varado de fome, e uma boa refeição ajudaria-o a se recompor. Para acompanhar, simplesmente água serviria.

Antes de entrar no local, amarraria o burro a algum toco, e pediria a algum funcionário do local que cuidasse de seus pertences.


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Uma simples taberna que estava sendo ocupada aos poucos. Tiger podia ver três mesas ainda vazia, contando com aquela que iria sentar: se chegasse mais pessoas, teriam que passar a sentar no balcão, que estava vazio no momento. Simples civis que almoçavam fora de suas casas, nada que pudesse ser preocupante. Seu burro e sua carga estava segura lá fora.

A refeição estava deliciosa [+16% stamina] e Tiger não pode aguardar para abocanhar aquela carne de dar água na boca. Ao final de tudo, seu gasto total foi equivalente à cem berryes. Após a refeição, estava livre para fazer o que bem entendesse.


[FIM DA ROLEPLAY]

• Gastos totais: B$ 700,00
• Desconto de HP: -10
• Uma Refeição feita


• Ganhos (Bens):
- 4 peixes crus
- Arroz (5 refeições)
- Feijão (5 refeições)
- Macarrão (5 refeições)
- 20 litros de água
- Sal grosso



Considerações:

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